11.6.21
O recente livro de Frederico Pedreira, Coração Lento, é um bom exemplo de uma tendência para reduzir tudo a um cinzentismo que não parece deixar grande saída.
 
 

 

O recente livro de Frederico Pedreira (Coração Lento, ed. Assírio & Alvim) é, a esse nível, exemplar. Exemplar porque este dispositivo encontra uma cristalização que nos permite pensar esta tendência recente, exemplar porque Frederico Pedreira tem uma oficina poética bastante bem feita, com um rigor na construção do poema que falta a muitos - mas a culpa não é deles, muitas vezes, mas da ausência de uma outra figura que desapareceu sem deixar rasto do panorama literário, o editor. Mas exemplar, também, porque Coração Lento permite perceber as limitações que esta tonalidade tem, esta, para citar Kafka - que não tem nada que ver com esta história -, “cinza que não é capaz de tomar um aspecto de vida”. 

 

Com rigor em seus poemas, eis que nesse rigor na construção acaba por ser contrabalançado, arrastado, por um dispositivo retórico que está constantemente a ser usado e que se abate sobre praticamente todos os poemas de Coração Lento: é o poema “que não vale / mais que uma assinatura”, o “desengonçado estaleiro”, a “pobreza do verbo”, a “volta lenta dos derrotados”, o verso onde se vê “o verde dos olhos dissipar-se/ na chama triste do papel em branco”, a “pobre arte da oratória”, o coração “romântico, lasso, um pouco baço”, as palavras que “vogam acabrunhadas”. (Fram Martins \ sapo.pt - Foto: Jornal i Sapo]

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29.12.20

‘Coleção Música Sacra Mineira’, com partituras dos séculos XVIII e XIX, está no Portal da Funarte. Publicações são produzidas pela Gerência de Edições do Centro de Programas Integrados da instituição

Funarte oferece, em versão digital, o primeiro volume da Coleção Música Sacra Mineira — inventário fundamental dos primórdios da produção musical brasileira, com partituras de obras dos séculos XVIII e XIX. Nas 347 páginas deste volume inicial, estão cinco das 77 obras que compõem a coleção — uma iniciativa que remonta ao passado da Funarte, quando uma série de pesquisas em acervos históricos resultou no levantamento deste repertório e, em etapas distintas, em publicações como O Ciclo do Ouro: o tempo e a música do Barroco católico (de Elmer C. Corrêa Barbosa, em 1979) e Catálogo de obras: música sacra mineira (de José Maria Neves, em 1997).

Na publicação que inaugura a fase digital da coletânea, o público terá acesso a criações dos compositores Lourenço José Fernandes Braziel (Salmo 129 — De profundis), Manoel Camelo (Flos Carmeli), Marcos Coelho Neto (Ladainha de Nossa Senhora a quatro), Antônio dos Santos Cunha (Hino e Antífona de Nossa Senhora) e Jerônimo de Souza Lobo (Novena de Nossa Senhora do Carmo). Produzido pela Gerência de Edições da Funarte (ligada ao Centro de Programas Integrados, o Cepin), o livro pode ser acessado na seção Edições Online do portal da FUNARTE

A organização do volume é do professor Carlos Alberto Figueiredo, doutor em Música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), com estágio pós-doutoral no Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (Cesem) da Universidade Nova de Lisboa (Portugal) e cursos de regência coral no Conservatório Real de Haia (Holanda) e na Fundação Kurt Thomas (também na Holanda) e na Bachakademie, de Stuttgart (Alemanha).

 
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23.12.20

  Funarte lança ‘Gesto Flamenco’, de Daniele Zill Livro sobre o universo da cultura flamenca

 

Livro foi lançado no dia 18 de dezembro, o Gesto Flamenco, da bailarina, coreógrafa e pesquisadora de movimento Daniele Zill. Com 144 páginas, Gesto Flamenco é fruto de uma imersão de longa data da intérprete em dança, com foco no flamenco. Vem contribuir para a reflexão, a memória e o pensamento crítico no campo das artes cênicas, da dança, da performance e, especificamente, da dança flamenca. Na obra, Daniele investiga o fascinante universo da cultura flamenca a partir do premiado espetáculo Las Cuatro Esquinas, da Companhia de Flamenco Del Puerto.

Com uma linguagem acessível ao grande público e uma visão privilegiada, que une experiências práticas nessa dança, música e fisioterapia, a autora revela em palavras a força expressiva habitada nas minúcias, nos movimentos e nas atitudes corporais que transpiram as particularidades do gesto flamenco. 

 

Sobre a autora

 

Pesquisadora do movimento e das artes da cena, com ênfase nos estudos do corpo (análise do movimento, gesto flamenco) cultura e interdisciplinaridade. Atua como bailarina, bailarina/intérprete, coreógrafa e produtora da Companhia de Flamenco Del Puerto, e como professora do ensino regular de dança e música na mesma escola, da qual também é diretora-geral.

 

Foi premiada com Melhor Espetáculo (2012, 2008, 2007) e Melhor Produção (2012, 2016) no Prêmio Açorianos de Dança/RS e indicada a Melhor Atriz no Prêmio Tibicuera de Teatro Infanto-juvenil 2016. É graduada em Fisioterapia (ULBRA/2001), especialista em Acupuntura Chinesa (2003) e Reeducação Postural Global (2004) e formação conservatorial em Música – Piano (1995), bolsista CAPES de 2015 a 2017 e mestre em Artes Cênicas pelo PPGAC/UFRGS (2017).

Encomendas para todo o Brasil

Livraria Mário de Andrade (Funarte): livraria@funarte.gov.br

Preço: R$ 40,00

Mais informações para o público: edicoes@funarte.gov.br

EDITORIAS:
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23.11.20

Funarte lança a coletânea da atriz e dramaturga Susana Fuentes, com prefácio de Nélida Pinõn, no dia 29, quinta, em vídeo na internet 

 

A Fundação Nacional de Artes – Funarte lança a coletânea de contos Carta ao Sol, da atriz, escritora e dramaturga Susana Fuentes, no dia 29 de outubro, quinta-feira. As 36 histórias do livro expressam as experiências e impressões da autora, vividas em meio ao fazer teatral. O prefácio é de Nélida Piñon. O lançamento da publicação será às 17h, num bate-papo com a autora, em vídeo no canal da Funarte no Youtube: www.youtube.com/funarte  . O acesso é livre.

A premiada escritora Claudia Lage tece comentários a respeito do livro: “O que há por trás de uma paisagem, de um gesto, de um olhar, de uma pessoa? Nestes contos breves e inspirados, Susana Fuentes descortina o nosso cotidiano com o olhar inquieto e lírico […] é dos detalhes, como a ponta de um iceberg, que emerge a visão de uma totalidade, uma existência inteira”.

Nélida Piñon, escritora e integrante da Academia Brasileira de Letras, com mais de 20 prêmios – 14 deles internacionais –, acrescenta: “Susana Fuentes é uma criadora que imerge na linguagem e no fervor narrativo com igual equilíbrio. Ao conjugar dois extremos que se necessitam, ela submete-se às exigências e às peculiaridades da arte de narrar, enquanto, por sua condição de atriz, adiciona à criação gestos, vozes, movimentos corpóreos, sons, todos provindos de matéria teatral. […] A intimidade com variados aspectos cênicos, aparentemente alheios à arte narrativa, provocou no texto um efeito encantatório, inesperado.”.

A autora

 

Susana Fuentes escreveu o romance Luzia – finalista do Prêmio São Paulo de Literatura – e o livro de contos Escola de gigantes, da seleção Biblioteca do Professor do programa Rio, uma cidade de leitores, da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. É autora da peça teatral Prelúdios, em quatro caixas de lembranças e uma canção de amor desfeito, um solo, onde também atua – trabalho selecionado para o The New York International Fringe Festival (EUA). Participou com seus contos de diferentes antologias e teve seus textos traduzidos para o inglês e o espanhol, em revistas como Wasafiri – International Contemporary Writing e Machado de Assis Magazine. Formou-se em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde fez mestrado em Literatura Brasileira e doutorado em Literatura Comparada.

Lançamento do livro

Carta ao Sol

Autora: Susana Fuentes

Edições Funarte

 

Formato: 16x23cm

Nº de páginas: 128

ISBN: 978-85-7507-208-0

 

Aquisição em todo o Brasil, pela Livraria Mário de Andrade (Funarte), somente através do e-mail: livraria@funarte.gov.br

Preço: R$ 30

 

Bate-papo em vídeo – 29 de outubro de 2020, às 17h

Com a autora, Susana Fuentes; o gerente de edições – Cepin Funarte, José Maurício Moreira, e o servidor da GED Carlos Eduardo Drummond

Canal da Funarte: www.youtube.com/funarte

 

Mais informações para o público

Fundação Nacional de Artes – 

Funarte | Gerência de Edições:  edicoes@funarte.gov.br

EDITORIAS:
link do postPor Fram Martin Equipe formasemeios, às 14:39  comentar

10.11.20
Primeira humorista negra de sucesso na TV brasileira, Marina Miranda é homenageada com livro da Funarte 

 

"Marina Miranda – Além da 'Crioula Difícil'", de Clóvis Corrêa, com Prefácio de Ricardo Cravo Albin, é lançado online em vídeo, dia 30 de setembro, no canal da Fundação

A Fundação Nacional de Artes – Funarte lança o livro Marina Miranda – Além da Crioula Difícil, de Clóvis Corrêa, tributo à comediante e cantora, que fez sucesso nas décadas de 1970 e 1980. O lançamento será num bate-papo com o autor, em vídeo no canal da Funarte no Youtube, na quarta-feira, às 17h. 

 

Hoje com 90 anos, Marina foi a primeira humorista negra que alcançou destaque na televisão brasileira – famosa ao lado do colega Tião Macalé, no quadro Crioulo e Crioula Difícil, do programa cômico Balança mas Não Cai. Com prefácio de Ricardo Cravo Albin, a narrativa-reportagem, apresenta a trajetória da artista, em teatro, cinema, rádio e TV.

Marina Miranda iniciou a carreira nos anos 1950, cantando ópera na Rádio Nacional. Mas consagrou-se como intérprete de marchinhas, o que alavancou sua carreira de comediante. Ao todo, foram 70 anos de trabalho artístico. “Grande Otelo de Saias” e “Josephine Baker brasileira” foram algumas das expressões usadas para definir a atriz, no período de seu maior sucesso.

 

O autor

 

Dramaturgo, roteirista e produtor cultural, o jornalista carioca Clóvis Corrêa trabalhou em rádio e TV. Escreveu para os jornais Papo Teatral, Metrô Press, O Pontual e O Globo. Através da Fábrica de Dramaturgia Domingos de Oliveira, começou a escrever textos teatrais, em parceria com Alexandre Morcillo. 

Suas primeiras peças foram: Cem anos de Machado de Assis e a adaptação do livro Galvez, Imperador do Acre, de Márcio Souza. Foi coautor da montagem infantil Um Amor de Circo e das comédias Um Dia de Madame, Baixou um Elvis em Mim e O Último Capítulo. No cinema, foi roteirista do curta-metragem Chapa Quente, dirigido por Ricardo Brasil para o projeto Enquadros Negros.

 

Serviço:

 

Lançamento do livro

Marina Miranda – Além da “Crioula Difícil” de Clóvis Corrêa

 

Edições Funarte

168 páginas

Bate-papo com o autor: dia 30 de setembro, quarta-feira, às 17h

Acesso gratuito, no canal: www.youtube.com/funarte

O vídeo ficará disponível no canal da Funarte também após o lançamento.

 

Encomendas para todo o Brasil

Livraria Mário de Andrade (Funarte): livraria@funarte.gov.br

Preço: R$ 30

link do postPor Fram Martin Equipe formasemeios, às 15:34  comentar


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