Parada cardiorrespiratória causa perda dos sentidos e está relacionado a doenças cardiovasculares; vício do craque em drogas e álcool pode ter contribuído
O atleta morreu nesta quarta-feira, 25, após sofrer uma parada cardiorrespiratória em um casa em Tigre, região metropolitana de Buenos Aires, que funcionava como uma casa de retiro para o maior ídolo do futebol argentino.
Com a saúde debilitada, o ex-jogador estava afastado de atividades cotidianas devido a uma cirurgia, realizada no último dia 4, para a retirada de um hematoma subdural. A família, de acordo com a imprensa argentina, cogitava transferi-lo para Cuba, mas a parada cardíaca tirou a vida de Maradona antes que ele voltasse ao país caribenho que tanto gostava. Aliás, morreu no mesmo dia da morte de Fidel Castro, 25\11\16.
Nascido em uma favela de Buenos Aires, Maradona escapou da pobreza para se tornar um astro do futebol mundial. O protagonista, campeão da Copa do Mundo de 1986 pela Argentina e considerado um dos maiores jogadores da história, teve uma parada cardiorrespiratória, segundo a imprensa local.
O camisa 10 defendeu a seleção em 91 jogos, atuando em quatro Copas do Mundo: 1982, 1986, 1990 e 1994. Enfrentou o Brasil em duas delas: foi expulso na derrota por 3 a 1 pela segunda fase da Copa da Espanha-82, e na Itália-90 fez toda a jogada do gol de Caniggia na vitória por 1 a 0 que eliminou o Brasil. No Mundial dos Estados Unidos-94, viveu um dos piores momentos de sua trajetória, quando foi pego no exame antidoping ainda na primeira fase da competição.
Como atleta, ele conquistou a Copa do Mundo de 1986 e o Mundial sub-29, em 1979, defendendo as cores da seleção argentina. Maradona conquistou dois títulos do Campeonato Italiano (1986/87 e 1989/90), um da Copa da Uefa (1988/89), um da Copa Itália (1986/87) e um da Supercopa da Itália (199) no Napoli. Com o Barça, venceu uma Copa do Rei (1982/83), uma Copa da Liga Espanhola (1982/83) e uma Supercopa da Espanha (1983). No futebol argentino, seu único título foi o campeonato nacional, em 1981, com o Boca Juniors.
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, decretou luto nacional de três dias.